quarta-feira, 14 de setembro de 2011

O Amor de Takumi e Chiyoko





"Quando eu te vi pela primeira vez,
eu estava com medo de te conhecer..."

Naquela tarde de inverno, avistei uma garota, seus cabelos eram encaracolados e tão loiros quanto os raios de sol, mas seu sorriso tinha um brilho único e especial, que iluminara aquele dia que para tantos era só um dia nublado. Desde aquele momento... Eu me apaixonei perdidamente por ela. 

"Quando eu conheci você,
eu tinha medo de te beijar..."

Eu queria conhecê-la de todas as maneiras possíveis e imagináveis, confesso que não sabia por onde começar, porém eu sabia que eu deveria encontrá-la, novamente... Eu a buscava em todos os rostos e sorrisos que eu avistava, eu à busquei por muito tempo, mas a espera foi muito longa e acabei desistindo. Contudo, o destino conspirou, em uma noite olhando as vitrines de lojas a vi comprando um par de sapatos, e estava mais radiante do que naquela época. Pensei inumeras vezes se deveria falar com ela, mas se eu falasse não poderia dar nada errado, até porque essa oportunidade foi única e eu não poderia saber se ela sumiria por um possível erro meu. Tomei coragem, resolvi falar com ela, hesitante mas fui. Fui de encontro a ela, entretanto, parei no meio do caminho, comecei a ficar nervoso, as mãos suavam e o coração acelerava, era tanto nervosismo que eu fiquei estático, não me movia, mas, nessa brincadeira ela me reparou, olhou em meu olhos, se aproximou e perguntou se havia algo de errado, e parecia estar mesmo, eu tentava falar, mas as palavras nem sequer saiam de minha boca, porém, antes que tardasse, ela disse que precisava ir, e pediu desculpas por não ter ajudado. Continuei ali parado, esperando com que ela saísse e nunca mais reaparecesse, espera! Ela não pode ir agora.... Não agora! Sem mais nem menos, virei-me e gritei: "Espere!", ela imediatamente se virou e perguntou o que acontecera, e obviamente não querendo deixá-la partir sem dizer, disse que mesmo eu não a conhecendo, eu precisava demais conversar com ela. Logo de tão surpresa que ficou, se espantou, acho que ela pensou que eu fosse um maníaco, mas de fato eu estava... Ela era tão perfeita... Tão perfeita que nem mesmo a "perfeição" era perfeita perto dela! 

Naquele momento, em que ela me olhou tentando entender o porque do meu impulso, ela logo respondeu: "Por que não?", e se apresentou como Takumi. Ela chegou a falar coisas a mais, porém, meus olhos apenas acompanhavam seu sorriso, queria beijá-la... Sentindo-a sendo minha, e de mais ninguém. Em um instante, ela estralou os dedos e perguntou se eu vivia mesmo no mundo da lua, claro, para escapar, dei uma risada e logo me apresentei, marcamos um horário, e logo nos conheceríamos "oficialmente".


"Quando eu te beijei,
eu tinha medo de te amar..."

O primeiro encontro, fiquei horas me preparando, podem acreditar, fiz um longo discurso de tanto medo, não podia errar, não queria errar eu queria que fosse perfeito, tão perfeito quanto ela. Eu estava apaixonado em tão pouco tempo, não consigo acreditar em amor a primeira vista, mas o sorriso dela era tão angelical, que podia ser comparado com a neve no inverno, seus cabelos destacavam o dia, em qualquer lugar que ela andara, eu desejava estar ao seu lado. É estranho dizer isso, sou um suspeito a dizer de tanto que elogio ela, acho que eu deva ser mais um bobão desses apaixonados por ela, mas logo em nosso primeiro encontro pude notar, que ela... Somente ela, seria a mulher para toda minha vida, nosso encontro teria sido diferente dos padrões, fiquei em colapso, pois não sabia por onde começar, o que fazer e o que dizer... Mas ela da forma mais doce e timida perguntou: "Você está bem?", meu coração logo acelerou, comecei a ficar corado, então abaixei a cabeça e logo disse: "Sim, é que... é... eu não consigo explicar o que estou sentindo agora...", mesmo assim ela compreendeu o que estava acontecendo, mas... ela deu um sorriso, penso que para me acalmar, eu já estava tremendo, aquele encontro não era um encontro qualquer, mas ela mesmo naquele local entediante, com um rapaz entendiante, pegou em minha mão e me disse: "Vamos sair desse lugar!", sem entender, à segui. Vendo-a por tráz, estava vendo que ali não tinha a capacidade nem de ser um homem ideal para ela... Eu estava com medo... com muito medo... Chegava a parecer uma criança, que só queria mesmo se esconder em seu armário esperando o problema passar, mas ali eu sabia que ela não era meu problema, mas estava tão assustado com esse novo sentimento que não conseguia tomar as rédeas da situação.

Ao chegarmos no local, ela começou a correr me levando junto com ela, então foi aí, o momento em que ela olhou para tráz sorrindo, logo ela gritou: "Venha Chiyoko! Deixe de ser molenga, estamos chegando!", e foi nesse momento que percebi, ela havia saído da defensiva. Quando paramos, tive um dos melhores momentos de minha vida, o lugar era realmente lindo, tinhamos uma visão completa da cidade, a neve estava caíndo levemente dando uma leve complementada no momento, mas o melhor momento estava a vir. Ela abaixou a cabeça um pouco cabisbaixa e murmurou: "Você é a primeira pessoa que eu trouxe aqui, depois...", então fiquei um pouco preocupado, será que ela teria outro amor? não pode ser... Não pode ser... Como quem não quer nada, não firulei nem nada, de forma direta perguntei, com leves risadas: "O que aconteceu aqui, Takumi?", fiz algo inexperado, que eu achei que nunca faria, coloquei minha mão em seu ombro e a trouxe para meu corpo, enquanto ela estaria um pouco triste, sem ligar para a próxima resposta, porém sem demora ela respondeu: "Aqui era o local, em que meu pai sempre me trazia quando pequena. Nunca tive a coragem de trazer alguém aqui, mas a verdade é... é qu-que... Você é especial!", naquele momento fiquei paralisado, não sabia o que responder, logo me levantei e virei-me, estava com tanta vergonha, que não sabia o que fazer, ela estaria totalmente corada, mas com medo de ter feito algo errado ela começou a gritar, de forma engraçada e de cabeça baixa: "GOMEN! GOMEN! GOMEN!", ali eu ficara mais descontraído. Me virei sorrindo e de forma séria respondi: "Esse é o sentimento que tive, desde o primeiro momento em que pus meus olhos sob você...". Os olhos dela se arregalaram, então ela se levantou, sem pressa se aproximou lentamente, trouxe seu corpo para o meu. A intensidade da neve aumentou, mas isso não nos incomodou. Então eu disse para ela: "Takumi, a primeira vez que te vi foi mágica, como esta sendo agora. Não sei como descrever para você o que sinto agora, mas se não for amor, o que há de ser?", ela simplesmente ficou calada, olhando para meus olhos, mas logo susurrou: "Eu nunca senti isso por ninguém, ainda mais para um estranho, mas seu bobinho. Pare de me deixar envergonhada", e naquele local tivemos o nosso primeiro beijo... Não sei nem como descrever, foi simplesmente maravilho estar com a Takumi ao meu lado.


"Quando eu te amei,
eu tinha medo de te perder..."

Com o tempo eu e Takumi começamos a nos conhecer, discussões de casais apareciam uma vez ou outra, porém o amor estava tão intenso que após as discussões nós riamos e voltavamos a namorar. Takumi era tão compreensiva e doce, que com o passar do tempo minha paixão por ela só começou a crescer... crescer e crescer... Mesmo assim, não conseguia explicar à procedencia desse amor, simplesmente foi amor e sempre seria amor, ganhar o seu sorriso seria o meu melhor trófeu, vê-la feliz era minha maior conquista, não demorou muito e então passamos à morar juntos, como um verdadeiro casal, mas em um certo dia tivemos uma grande discussão, então saí de casa e de tão chateado e cabisbaixo que estava, comecei a perambular pela rua, sem notar o fluxo, à intensidade da neve era muito forte, mal conseguia ver a palma da minha mão, e foi aí em que meu maior pesadelo começou, ao andar nesse tempo fui atropelado, fiquei meses em coma, mas ainda podia ouvir à voz de Takumi, tentando conversar comigo: "Meu amor, não me deixe! Não me DEIXE! Eu não conseguiria cuidar de nosso filho sozinho! Ele precisa de você.", após ouvir seus gritos, sem conseguir vê-la, comecei entrar em uma agonia profunda, queria melhorar, eu devia melhorar. Com o passar dos meses, eu acordei. Finalmente havia saído do coma. Takumi estaria ao meu lado, sua barriga já estara grande, não demorou muito tempo para eu sair do hospital, ao chegar em casa com Takumi, entrei em um estado melancolico: "Takumi, tive muito medo de te perder, eu escutava você chorando, eu não queria te perder, eu não posso te perder, a nossa briga foi culpa minha e seu choro também foi culpa minha, fui um egoísta", mas Takumi me surpreendeu: "Chiyoko, apenas pare de chorar, o importante é que você está aqui do meu lado e agora do lado de nossa filha", e então semanas depois nos casamos, sendo oficialmente marido e mulher.

"Quando te perdi,
não precisava mais viver..."

O inverno havia acabado, Takumi estaria no oitavo mês de gestação, eu como sempre muito apreensivo, não queria perder Takumi no dia do parto, pois ela que sabia como cuidar do bebê, eu só saberia mimar mesmo. Porém, sérios problemas do passado de Takumi começaram à vir a tona, um homem alto de cabelos loiros começou à perseguila. Takumi teria me avisado de tal homem, ela disse que poderia ser seu irmão mais velho. Como ela disse irmão, achei que estava tudo bem. Fomos levando uma vida normal, durante o mês e ele continuava à persegui-la. Em um certo dia, Takumi não estaria muito bem, parecia que o bebê estaria prestes a nascer, sem pensar à levei para o hospital as pressas, mas ao sair do carro... Me deparei com o homem loiro, o mesmo estaria com uma arma empunhalada nas mãos, aguardando que eu saísse do carro. Em um ato não pensado, tirei minha arma do banco de tráz do carro e a coloquei na parte de tráz de minha calça, e então saí com Takumi do carro, mas ela gritava: "Não, Não! Não podemos sair do carro, vamos fugir Chiyoko!", eu não conseguia entender, ela estava tão desesperada, mas ela iria ter o bebê, não podia fugir naquele momento. Então o rapaz se apresentou como Mizako, Takumi desesperada começou a surtar: "NÃO FAÇA ISSO! VOCÊ NÃO PODE ACABAR COM MINHA VIDA DE NOVO!", eu fiquei em choque, não sabia o que estava acontecendo ali, mas então o rapaz tornou a gritar: "Mizako!! Você acabou com minha vida, quando me deixou!! Eu vou acabar com sua vida agora", e foi aí que eu não dei mais valor para minha vida e saquei a arma, quando ele à apontou para Takumi. Takumi suplicava: "Não Chiyoko, não faça isso! Ele é perigoso, foi o homem que matou meu pai", sem entender respondi: "Por que seu irmão, mataria seu pai? Takumi, você por acaso mentiu para mim?", envergonhada ela respondeu: "Esse é o homem em que fui prometida para me casar, mas me neguei à isso e fugi, porém, estava com tanto medo que voltei, mas quando voltei... Me-me-meu pai já estava morto, foi ele. ELE FOI O ASSASSINO do meu pai", porém Mizako não esperou ela falar, e logo deu um tiro na direção de Takumi e então foi esse o momento de minha morte. Ao me jogar na frente da bala, também disparei contra Mizako, matando-o também, quando fiquei com meu corpo estirado no chão, com o barulho dos tiros, pessoas vieram ver o que era, um médico tentou me atender, mas eu comecei a suplicar para ela: "O que me resta agora é a morte, por favor, salve Takumi, ela esperou muito tempo, pode perder minha filha! Não quero que Takumi sofra, meu destino já foi selado, faça isso por mim", Takumi não conseguiu entender minha decisão, ela ficava gritando: "Chiyoko!! PARE COM ISSO, Eu não posso perder você", e então eu respondi sorrindo: "Bobinha, quem disse que você vai me perder? Agora você tem um pouco de mim, em você. A Akemi (Brilhante Beleza), irá precisar muito de você, eu só saberia mimar mesmo. Cuide de nossa filha, cuide dela por mim", e ali perdi minha consciência, e nesse momento, não existia mais Chiyoko, porém me tornei uma energia, mas por uma razão estranha, minha energia sempre estava ao lado da energia de Takumi, como se fossemos um só. 

"Mas... Quando eu não precisei mais viver,
te dei uma razão para viver... O resultado de nosso amor verdadeiro..."


Não era um pai presente, pela falta de meu corpo, mas ainda sim minha energia sempre acompanhava Takumi, presenciei o crescimento de minha filha Akemi. E hoje sou uma alma que espera até o fim de Takumi para atingir a vida eterna...



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