quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Aguia ou galinha (reflitam)

"Era uma vez um camponês que foi à floresta vizinha apanhar um pássaro para mantê-lo em sua casa". Conseguiu pegar um filhote de águia.
Colocou-o no galinheiro junto com as galinhas. Comia milho e ração própria para as galinhas.
Embora a águia fosse o rei/ rainha de todos os pássaros.
Depois de 5 anos, este homem recebeu a visita de um naturalista. Enquanto passeavam pelo jardim, disse o naturalista:

- Este pássaro aí não é uma galinha. É uma águia.

- De fato, disse o camponês. É uma águia. Mas eu a criei com galinha. Ela não é mais uma águia.
Transformou-se em galinha como as outras, apesar das asas de quase três metros de extensão. -
Não - retrucou o naturalista. Ela é e será sempre uma águia. Pois tem um coração de águia. Este coração há fará um dia às alturas.

- Não, não - insistiu o camponês. Ela virou galinha e jamais voará como águia.
Então decidiram fazer uma prova. O naturalista tomou a águia, ergueu-a bem alto e desafiando-a disse:

- Já que de fato você é uma águia, já que você pertence aos céus e não a terra, então abra suas asas e voe!

- A águia posou sobre o braço estendido do naturalista. Olhava distraidamente ao redor. Viu as galinhas lá embaixo, ciscando grãos. E pulou para junto delas.

- O camponês comentou:

- Eu lhe disse, ela virou uma simples galinha!

- Não - tornou a insistir o naturalista. Ela é uma águia. E uma águia será sempre uma águia.
Vamos experimentar novamente amanhã.

- No dia seguinte, o naturalista subiu com a águia no teto da casa.
- Sussurrou-lhe: Águia, já que você é uma águia, abra as suas asas e voe!
- Mas quando a águia viu lá embaixo as galinhas, ciscando o chão, pulou e foi para junto delas.

O camponês sorriu e voltou à sua carga:
- Eu lhe havia dito, ela virou galinha!

- Não, respondeu firmemente o naturalista. Ela é águia. Possuirá sempre um coração de águia.
Vamos experimentar ainda uma última vez. Amanhã a farei voar.

No dia seguinte, o naturalista e o camponês levantaram bem cedo. Pegaram à águia, levaram-na para fora da cidade, longe das casas dos homens, no alto de uma montanha. O sol nascente dourava os picos das montanhas.

O naturalista ergueu a águia para o alto e ordenou-lhe:
- Águia, já que você é uma águia, já que você pertence ao céu e não a terra abra as suas asas e voe!

A águia olhou ao redor. Tremia como se experimentasse nova vida. Mas não voou. Então o naturalista segurou-se firmemente, bem na direção do sol, para que seus olhos pudessem encher-se da claridade solar e da vastidão do horizonte.
Neste momento, ela abriu suas potentes asas, grasnou com o típico kau-kau das águias e ergueu-se soberana, sobre si mesma. E começou a voar, a voar para o alto, a voar cada vez para mais alto. Voou... voou... até confundir-se com o azul do firmamento".
Pensem nisso...

Cada pessoa tem dentro de si uma águia. Ela quer nascer. Sente o chamado das alturas. Busca o sol.

Por isso somos constantemente desafiados a libertar a águia que nos habita.

Uma águia tem dentro de si o chamado do infinito. Seu coração sente os picos mais altos das montanhas. Por mais que seja submetida a condições de escravidão, ela nunca deixará de ouvir sua própria natureza de águia que a convoca para as alturas sublimes.

As pessoas que alçam vôo sublime são as que se recusam a deitar-se, a suspirar e desejar que as coisas mudem!

Estas pessoas visualizam em suas mentes que não são desistentes, não permitirão que as circunstâncias da vida as empurrem lá para baixo, e as mantenham subjugadas com galinhas.
"Vamos, voe... voe e vença, ocupe o lugar a que é seu no alto do penhasco".

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